JORNALISMO

  • •  O Jornal do Dia, 1971. 2ª ed. 1972
  • •  Rastilho. A luta contra a Censura instituída em 1985 na Feira do Livro, 1986
  • •  Grandes Repórteres Portugueses da I República, 1986. 2ª ed. 1987
  • •  Stuart Inédito, 1989
  • •  A Vida das Imagens, 1990. 3ª ed. 1994
  • •  O «Grande Jornalzinho» da Rua dos Calafates, 2014
  • •  " O Caso do Jornal Assaltado", 2016
  • •  " Não Matem os Dinossáurios", 2017


FICÇÃO

  • •  O Criador de Letras (romance), 2008
  • •  Botânica das Lágrimas (romance), 2009. 3ª ed. 2010
  • •  Jardim República (narrativa fantástica), 2010


DIREÇÃO DE ANTOLOGIAS

  • •  Anuário Português de Fotografia, de 1981 a 1990
  • •  Metamorfoses da Imagem (Arte Fotográfica de Eduardo Nery), 1990
  • •  Palavras no Tempo, 1991
  • •  Lisboa do Nosso Olhar (Arte Fotográfica de José Antunes), 1991
  • •  Torga em Coimbra (Uma Cidade na Vida e na Obra do Poeta), 1998

DESTAQUES


criador de letras

O CRIADOR DE LETRAS

Uma surpreendente viagem às civilizações do Próximo Oriente Antigo. Cada escala faz parte de um jogo intrigante que nos remete para a invenção do alfabeto cerca do século XIV antes da era cristã. Em fundo, a cidade fenícia de Byblos, onde se veneram as oliveiras. Nessa urbe de cultura e de ciência funciona a maior e mais antiga escola de escribas. Um dos mestres, de quem não ficou registo de nome, realiza por esse tempo, a pedido do Rei, uma obra singular cujo fim é o de simplificar a complexa escrita de então. Nasce assim o alfabeto fonético, antepassado da maior parte dos alfabetos do mundo e protótipo lendário daquele que, passados mais de três mil anos, continuamos a usar.

O núcleo ficcional deste romance de Pedro Foyos está dividido em 26 capítulos por meio dos quais se converte o aparente abstracionismo gráfico de cada uma das letras do alfabeto moderno em histórias concretas, mais ou menos interligadas de A a Z. A relação da história com a letra encontra-se apenas insinuada, de modo a ser o leitor a detetar, página a página, o analogismo.

Entrevista à Rádio Antena 1 sobre o livro "O criador de letras " (2009)   clique para ouvir



botanica das lagrimas

BOTÂNICA DAS LÁGRIMAS

O drama silencioso de uma criança que nas árvores encontra a cumplicidade mais pura contra a violência.
Logo na primeira edição, em Setembro de 2009, críticos e profissionais das Ciências da Educação realçaram Botânica das Lágrimas como de leitura aconselhável a educadores, assistentes sociais, professores e pais, além dos próprios jovens. Vão no mesmo sentido as palavras de Miguel Real ao qualificar a obra como «um dos romances marcantes da literatura juvenil portuguesa.»
É também um livro de descoberta científica, aliciando a esse nível os leitores sensíveis à temática da Natureza e preservação do Ambiente.
Recorrendo à imaginação e ao sonho, um menino-herói procura combater as violências que lhe infligem alguns colegas mais velhos. E com a inesperada cumplicidade das árvores de um Jardim Botânico vence as lágrimas nunca confessadas.
A "viagem" aventurosa narrada neste romance de Pedro Foyos decorre em tempo real, como um registo fílmico. Tudo se passa num sábado primaveril, entre as 09h15 e as 12h00.



Sensacional descoberta de 208 desenhos de Stuart

Stuart

Em Novembro de 1988, no decurso de uma pesquisa jornalística para uma obra celebrativa dos 125 anos do Diário de Notícias, Pedro Foyos localizou na caixa-forte do Centro de Documentação daquele jornal largas dezenas de desenhos da autoria de Stuart Carvalhais. Apurou-se depois o número extraordinário de 208 desenhos acondicionados numa caixa e dos quais não existia qualquer registo arquivístico. Maior seria a surpresa ao comprovar-se que os desenhos nunca haviam sido publicados. Stuart manteve na década de 30 uma colaboração regular no DN e no popular magazine Notícias Ilustrado, dirigido por outro artista não menos talentoso, Leitão de Barros. Os cartoons e ilustrações diversas eram realizados no próprio jornal e, com frequência, o genial cronista gráfico produzia dois ou três desenhos para o mesmo tema. Imperiosas limitações de espaço ditadas pela elaboração de um jornal diário adiavam as inserções que desse modo se desatualizavam e acabavam esquecidas para sempre nos gavetões do arquivo. Por outro lado, é admissível que a Censura tenha sido por vezes a causa da “morte súbita” dos desenhos mais satíricos e do sequente arquivamento.
O conjunto dos originais descobertos em 1988 veio à luz do dia no ano seguinte, em volumoso e esmerado álbum com o título Stuart Inédito.  


jardim republica

JARDIM REPÚBLICA

Um dos mais ignorados episódios da História da Primeira República, relacionado com o culto da árvore e as obscuras guerras que lhe advieram, inspirou esta obra de Pedro Foyos, Jardim República. O volume, inteiramente a cores, é enriquecido com ilustrações originais de Isabel Lobinho (aguarelas) e Armando Cardoso (fotografia e arte digital), além de numerosos registos iconográficos da época.
Este é um daqueles raríssimos livros prismáticos onde o leitor encontra, sobre um mesmo tema, visões em géneros literariamente díspares: a ficção fantástica e a divulgação histórica, rigorosa e documentada. Após uma alegoria inicial em torno dos atos de alucinado extermínio cometidos à noite sobre as árvores plantadas de manhã por crianças de todo o País, assiste-se a uma rebelião das "vítimas" (plantas de todos os géneros e espécies), culminando numa autêntica batalha campal da qual saem derrotados os malfeitores humanos.
Na segunda parte da obra, Pedro Foyos descreve como nasceu e cresceu o culto da árvore naquele período histórico, o estigma maçónico, os ódios que extravasaram, a guerra exortada pelos setores mais hostis ao novo regime e o fogo cruzado na Imprensa – de um lado os jornais ditos "conservadores", do outro os "republicanos". Desfilam de permeio algumas das figuras centrais da Primeira República que foram igualmente personalidades-chave do culto da árvore no tempo da "educação patriótica" e do "amor à terra, à paisagem portuguesa".      





grande_jornalzinho

O «GRANDE JORNALZINHO» DA RUA DOS CALAFATES

Nasceu em rua com nome de ofício náutico, o dos Calafates, no Bairro Alto dos gaudérios da noite lisboeta e alfobre dos artistas impressores. Também dos gatos vadios que compareciam aos restos abandonados pelos becos alumiados a gás. Precisamente ainda gatinhava quando o escritor Bulhão Pato lhe deu o terno nome de «grande jornalzinho». Feliz expressão que inspirou o título deste novo livro de Pedro Foyos. Desta vez a viagem ao passado é singularmente extensa: 150 anos. Na atual era supermediática, da comunicação instantânea, das notícias transmitidas à velocidade da luz, pareceu ao autor aliciante tentar responder à pergunta: como se fazia o jornalismo diário há 150 anos?
A crónica de vida e de alma do Diário de Notícias nos primórdios da publicação está repleta de episódios fabulosos e de factos esquecidos ou que nunca chegaram ao conhecimento do público. Neste volume desfilam, entre inúmeros outros, o caso de uma sublime relação firmada com um escritor francês (Victor Hugo) e o Diário de Notícias, a propósito da abolição da pena de morte em Portugal, o de um quase corte de relações com o diretor do jornal por parte de um escritor português (Camilo Castelo Branco) devido a um crime passional que gerou romances, e o da espantosa destreza com que um jornal fideliza os leitores informando-os, com irrefutável honestidade, poderem saber tudo quanto acontece no País e no Mundo por metade do preço de uma fatia fina de sabão-de-macaco…